Perseverança dos Santos Parte 5

Perseverança dos Santos Parte 5: Hebreus 6:4-9

Perseverança dos Santos Parte 5: Hebreus 6:4-9

Audiência

Existe uma concordância geral que esta epístola foi escrita para crentes hebreus que estavam no meio de algum tipo de prova que ameaçava a sua fé. "Aos Hebreus" é uma adição posterior à epístola, mas é claro a partir do contexto da missiva que o escritor assumiu sua audiência ser bem familiar com a história e os rituais judaicos. O escritor de Hebreus parece ter alguns objetivos em mente que estão fortemente relacionados. Ele quer expor a supremacia de Cristo e alertar contra deserção dEle para algum sistema de crenças inferior e inadequado. Parece que sua ênfase na supremacia de Cristo é parcialmente, se não primariamente para o propósito de demonstrar aos seus leitores a ingenuidade e a natureza espiritualmente fatal de tal deserção. Ele parece particularmente focado em que seus leitores podem ser persuadidos a retornar ao judaísmo. Ele está também interessado sobre o fato de os efeitos endurecedores do pecado nos corações dos que o negligenciam. A natureza desse pecado não é sempre clara, apesar de que é certo que o escritor inspirado vê a culminação de tais pecados e a dureza espiritual que resulta deles como o decisivo e deliberado ato de apostasia.

Estou pessoalmente convencido que o escritor de Hebreus está especificamente abordando crentes e alertando-os do real perigo de apostasia pelo decorrer da epístola. Existem muitas passagens que podem ser referenciadas para apoiar tal conclusão, mas o capítulo três sozinho parece ser o suficiente. O escritor de Hebreus abordou sua audiência como "santos irmãos, participantes do chamado celestial" que confessaram a Cristo (verso 3). É a esses "santos irmãos" que o escritor dirige suas advertências contra permitir que seus corações sejam endurecidos, o resultado final de que é a apostasia que está em vista das numerosas passagens de advertência durante a epístola (3:8, 12, 13, 15, cf. 2:1-3; 4:1; 6:4-8; 10:26-39; 12:15-17, 25). Apesar disso, creio que mesmo se tomarmos a posição que o escritor de Hebreus enxergou algo na sua intencionada audiência sendo daqueles que ainda tinham feito uma genuína profissão de fé, as passagens de advertência que iremos examinar ainda dão conclusiva evidência que verdadeiros crentes podem abandonar a fé para sua própria ruína eterna.

Enquanto existem diversas destas passagens de advertência permeando a epístola, examinaremos apenas as advertências encontradas em Hebreus 6:4-9 e 10:26-39. Começaremos com uma breve análise de Hb 6:4-9, reconhecer algumas objeções a nossas conclusões, e nos mover para Hb 10:26-39, em que, creio eu, as principais objeções às nossas conclusões traçadas desde 6:4-9 serão suficientemente resolvidas. Este post focará em Hb 6:4-9 e o próximo post da série irá lidar com Hb 10:26-39.

Porque é impossível para aqueles que já foram iluminados uma vez, e experimentaram o dom celestial, e foram feitos participantes do Espírito Santo, E experimentaram a boa palavra de Deus, e os poderes do mundo futuro; E vierem a cair, outra vez renová-los para conversão; assim novamente crucificando o Filho de Deus para si mesmos, e o expondo à vergonha pública. Porque a terra que embebe a chuva, que frequentemente vem sobre ela, e produz erva proveitosa para aqueles por quem também é lavrada, recebe a bênção de Deus; Mas produzindo espinhos e abrolhos, é reprovável, e perto está da maldição, cujo fim é ser queimada. Mas quanto a vós, amados, confiamos melhores coisas, relacionadas à salvação, ainda que estamos falando assim. {Hebreus 6:4-9 BLIVRE}

A posição arminiana é que tal passagem descreve indivíduos verdadeiramente salvos como sendo "iluminados" (veja Hb 10:32), e feitos "participantes do Espírito Santo". Esta "participação" do Santo Espírito significa completa participação, e não pode se referir a mera influência, como alguns têm alegado. Note que a mesma palavra grega é usada em Hb 3:1 -- " Portanto, santos irmãos, participantes do chamamento celestial, ...", em 3:14 – " Porque nós temos nos tornado participantes de Cristo, se na verdade retivermos firmemente até o fim o princípio desta confiança;", e 12:8 – " Mas se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, e não filhos.". Descrente algum pode corretamente ser dito participante de tal maneira. (Rm 8:9; Jo 14:15-17).

Eles também "experimentaram" o "dom celestial", "a boa palavra de Deus", e "os poderes do mundo futuro". A palavra "experimentou", bem como "participantes", denota não apenas parcial, mas uma completa experiência, como evidenciada pela maneira que a mesma palavra é usada sobre Jesus em Hb 2:9, "para que pela graça de Deus provasse a morte por todos". F. Leroy Forlines elabora sobre o uso da palavra "experimentar" pelo autor:

Esta é minha posição, que a palavra experimentar é uma das palavras mais fortes que se podia usar. No experimentar, sempre há uma consciência da presença do que está sendo provado. Sempre há uma familiaridade com as características distintivas do que está-se experimentando. Isto é evidenciado por 1Pe 2:3. Experimentando, o crente aprendeu que uma das características distintivas do Senhor é que Ele é gracioso. Também há o fato do contato no experimentar. Em outras palavras, provar pode ser chamado de reconhecimento consciente pelo contato.

Ele continua...

Quando aplicamos as observações anteriores ao assunto em consideração, aprendemos que aqueles mencionados aqui tiveram uma experiência mediante a qual se tornaram conscientemente conhecedores do dom celestial. O dom celestial significa ou Cristo ou a salvação. Em todo caso, significaria que a pessoa deveria ser salva, porque apenas um salvo tem tal conhecimento de Cristo ou da salvação. (The Quest for Truth, pg. 278)

Notamos também que a aparentemente hipotética tradução "se eles caírem" da NIV e da KJV é imprecisa. Todas as cláusulas estão no tempo aoristo no grego, denotando ação completa. Não existe nenhum "se" hipotético no texto grego. Os apóstatas descritos simplesmente caíram tão certamente quanto foram iluminados, feitos participantes do Santo Espírito etc. O tempo aoristo pode também demonstrar que o escritor inspirado está falando de instâncias reais de apostasia que já ocorreram. É provável que tais instâncias de real deserção são o que levou o escritor a compor sua epístola de exortação a estes crente judeus. Isto lançará mais luz no encorajamento e confidência expressos no verso 9:

Mas quanto a vós, amados, confiamos melhores coisas, relacionadas à salvação, ainda que estamos falando assim.{Hebreus 6:9 BLIVRE}

Alguns têm concluído, baseado na confidência expressa no verso 9, que o escritor de Hebreus está falando apenas de hipotética deserção nos versos 4-6 que não poderia, de fato, atingir os crentes que ele está abordando no verso 9. Eles veem o alerta de Hb 6:4-6 como um alerta contra impossibilidades. Acrescentando ao uso do aoristo nos versos 4-6, Robert Shank corretamente observa:

Alguns apelam ao verso 9... para contender que tal apostasia não pode de fato ocorrer. Mas eles falham em abordar a transição da terceira pessoa ('aqueles, eles') nos versos 4-6 para a segunda pessoa ('vós') no verso 9. O escritor está confiante 'a vós amados' de 'melhores coisas', mas não a 'eles'. Enquanto ele está persuadido de que 'voś' ainda não apostataram, ele declara que 'eles' de fato o fizeram. Em vez de assumir que a apostasia que tragou 'eles' não pode atingir 'vós', o escritor mantém eles diante de 'vós' como um exemplo trágico exemplo para sua advertência solene e procede seriamente em exortar seus leitores, 'Mas desejamos cada qual de vós mostrar o mesmo cuidado, para a completa certeza da esperança, até o fim; Para que não vos façais negligentes, mas sejais imitadores dos que por fé e paciência herdam as promessas.'" (Life in the Son, pp. 177, 178)

Alguns têm tomado a abordagem que todos os termos descritivos dos versos 4-6 poderiam justamente se referir a descrentes que vieram a 'encostar' na fé salvífica mas então a rejeitaram. Grudem toma esta abordagem em Still Sovereign. Ele se ocupa de lançar dúvidas à interpretação comum de que estes termos descritivos só podem ser usadas apropriadamente para crentes verdadeiros:

[Minha] interpretação ... seria argumentar que a visão [arminiana] tem sido prematura em chegar à conclusão que os termos devem descrever fé genuína salvífica e verdadeira regeneração. Ela argumenta, em vez disso, que uma examinação mais precisa dos termos usados os mostrará como inconclusivos acerca da questão de se elas de fato indicam salvação genuína. (Still Sovereign, ed. Shreiner and Ware, pg. 140)

Grudem argumenta que estes termos podem ser usados de uma maneira diferente da que os exegetas arminianos têm desde muito assumido. Ele apela para a maneira que os termos são utilizados em outros trechos do NT e em fontes gregas extrabíblicas, bem como uma comparação com outros termos usados para descrever crentes na epístola. Estranhamente, ele crê ser este seu argumento mais significativo, mas o fato que outros termos são usados para descrever verdadeiros crentes em outros pontos da epístola de maneira alguma demonstra que os termos nos versos 4-6 não foram também intencionados para descrever bênçãos espirituais que apenas crentes regenerados podem experimentar.

Enquanto eu acho esta abordagem tensa e problemática em muitas frentes, estou convencido que o contexto da passagem, bem como uma comparação cuidadosa com a advertência similar dada em Hb 10:26-39, torna a argumentação extensiva de Gruden controversa. O ponto fatal de seu argumento, em minha opinião, não são os termos usados nos versos 4-6, mas seu entendimento da metáfora do campo usada nos versos 7-8. Grudem está convencido que as descrições do campo frutífero e do campo estéril fazem seu caso que os termos descritivos usados nos versos 4-6 não descrevem verdadeiros crentes [veja também Peterson and Williams, Why I Am Not An Arminian, pp 84-85]. Ele afirma:

... estes termos nos informam que as pessoas têm experimentado muitos dos estágios preliminares que geralmente precedem o começo de uma vida cristã, mas eles não nos informam que as pessoas têm experimentado qualquer dos decisivos estágios iniciais da vida cristã... Porém, um exame da metáfora do campo nos versos 7-8, que o autor usa para explicar os versos 4-6, mostrou que as pessoas em 4-6 eram como um campo que recebeu chuva frequente mas apenas brotou espinhos e abrolhos. Isto indica que, na mente do autor, as pessoas em 4-6 receberam muitas bênçãos mas jamais produziram bons frutos porque eles eram como chão ruim o tempo todo: Jamais houve verdadeira vida espiritual neles. (Still Sovereign, pg. 172)

Revisitaremos esta alegação em um post futuro quando lidar com Hebreus 10:26-39. Grudem também apela para a confidência expressa pelo escritor de Hebreus nos versos 9-12, a qual nós brevemente tratamos acima. Por ora vamos dar uma olhada mais de perto no verso 6 para ver se a dita descrição destes apóstatas comporta com a alegação de Grudem que eles eram descrentes que "simplesmente tinham ouvido o Evangelho e experimentaram diversas das bênçãos da obra do Santo Espírito na comunidade cristã" (ibid., 172).

Verso 6: E vierem a cair, [é impossível] outra vez renová-los para conversão; assim novamente crucificando o Filho de Deus para si mesmos, e o expondo à vergonha pública.

O elemento importante a focar nesse verso são os fatos que estes apóstatas não podem ser renovados novamente para o arrependimento, e que por tuas ações eles têm recrucificado o Filho de Deus para si mesmos. A primeira coisa que se deve reconhecer é que estes apóstatas tinham se arrependido. Se este não fosse o caso então não seria próprio dizer que eles não podiam ser renovados novamente para arrependimento. Então que tipo de arrependimento está em vista aqui? Se este arrependimento fosse apenas superficial, então que importância tem que estes apóstatas não podiam ser novamente renovados para um arrependimento que nunca foi genuíno pra começo de história? A maneira mais natural de entender isto é que o escritor está descrevendo a impossibilidade de ser renovado novamente para o genuíno, e portanto salvífico, arrependimento. Esta é uma surpreendente e grave advertência, mas o peso dela só pode ser mensurado se o arrependimento sendo descrito é o salvífico.

Arrependimento, aqui, é a experiência de reorientação espiritual. Esta é a maneira que o autor usa a palavra justamente alguns versos depois de sua macabra advertência:

Portanto, deixando o princípio elementar da doutrina de Cristo, prossigamos adiante até à perfeição, não lançando de novo o fundamento da conversão de obras mortas, e da fé em Deus; {Hebreus 6:1 BLIVRE}

Este "arrependimento" tem referência a uma rejeição das "obras mortas" em direção a Deus em fé. Você não pode ter uma sem a outra. Não se pode colocar a fé salvífica em Cristo enquanto ainda acorrentado às "obras mortas" (o que pode se referir ou a atos pecaminosos ou a tentativas de obter o favor de Deus mediante rituais judaicos obsoletos), e uma pessoa não pode verdadeiramente se arrepender de tais obras mortas sem também se retornar a Deus em fé. Arrependimento e fé são dois lados da mesma moeda. Ela pode ser descrita como um mover em direção a Deus visto de duas diferentes perspectivas. As observações de Forlines são excelentes:

Enquanto arrependimento inclui um 'desde' e um 'até', a ênfase do arrependimento está no 'até' em vez de no 'desde'. Arrependimento é uma palavra de avanço. Isto não é diminuir a importância do 'desde'. É colocar o foco primário no 'desde'. O 'até' o arrependimento é idêntico à fé. Em At 20:21 Paulo fala de arrependimento em direção a Deus. Em 2Tm 2:25 ele fala de 'arrependimento para o conhecimento da verdade'. Fé e arrependimento estão envolvidos entre si. Exercer fé implica uma mudança da descrença, seja lá de onde possa ser a descrença. Arrependimento termina em fé. Se falamos a uma pessoa para se arrepender, ou se falamos a ela para crer, estamos falando de fato a mesma coisa. Arrependimento reforça que mudança está envolvida. Fé reforça o fim a qual a mudança é direcionada. (The Quest for Truth, pp. 254, 255)

Grudem, porém, parece cavar uma separação entre arrependimento das "obras mortas" e "fé em direção a Deus", mas só pode fazer isto apelando para passagens fora de Hebreus e que em nada têm relação com o texto em questão. Quatro das passagens que ele menciona na realidade servem melhor para estabelecer a conexão vital entre fé e arrependimento descrita acima por Forlines [Mc 1:15; At 19:4; 20:21; 26:20]. Manter estes como exemplos de arrependimento acontecendo sem referência à fé salvífica é petição de princípio. A única outra passagem que Grudem pode usar para manter seu caso perdido de pé é Lucas 17:3-4. Aqui ele argumenta que o arrependimento está sendo usado apenas como o pesar dos pecados, que não se encaixa com o arrependimento genuíno "para salvação" (Still Sovereign, pg. 149). O mais flagrante problema com o apelo de Grudem à passagem de Lucas é que ela está claramente abordando relacionamentos pessoais internos e não tem relação alguma com, arrependimento em direção a Deus; então ela claramente não está abordando arrependimento para salvação. Este não é, porém o, caso das passagens de Hebreus.

Com isto em mente, não temos razão para pensar destes apóstatas nada além de desertores dos genuínos fé e arrependimento salvíficos. De fato, em um sentido bem real estes apóstatas agora se "arrependeram" de sua anterior devoção a Cristo. Não é um caso de relapso ou uma falta geral de compromisso, mas um repúdio total da fé dantes mantida. Grudem concorda com a seriedade deste ato quando ele diz:

"Este é um repúdio público e escárnio de Cristo característico somente de descrentes de duro coração" (ibid. 151)

Esta realidade nos leva à segunda cláusula importante no verso 6, "...novamente crucificando o Filho de Deus para si mesmos, e o expondo à vergonha pública". É importante notar o "novamente" (isto é, mais uma vez, recrucificando, etc.) nesta frase já que ela é paralela ao "novamente" do arrependimento na primeira parte do verso. Bem tão certamente quanto eles repudiaram suas "obras mortas" em se voltar a Deus em fé salvífica; eles agora repudiaram o Senhor em cujo sangue um dia confiaram (cf. Hb 10:29). Eles deram uma guinada que levou a um estado de endurecimento cujos efeitos são permanentes. Eles não podem ser renovados novamente para arrependimento tendo agora plenamente "insultado" (Hb 10:29) o santo Espírito de Graça em quem eles vieram a participar mediante a fé no sangue que eles agora desprezam (Hb 6:4, cf. 10:26, 29). O contexto sugeriria que as "obras mortas" faladas em 6:1 incluem aquelas "obras" cerimoniais que prefiguravam Cristo. Os apóstatas anteriormente abandonaram estas práticas cerimoniais a fim de aderir à perfeita obra de Cristo em fé. Agora eles têm abandonado a obra perfeita de Cristo e retornaram, em descrença, a essas sombras agora sem sentido que o prefiguravam.

Ele depois chega à arbitrária conclusão que este arrependimento não era "arrependimento para vida". Grudem parece enxergar que tais apóstatas de alguma maneira tomaram uma "decisão de abandonar seus pecados" sem de fato segui-la. Mas não há garantia contextual alguma para tal assertiva. De fato, como vimos, o contexto argumenta fortemente contra tal interpretação desde que o verso 1 fala de verdadeiro arrependimento das obras mortas e fé em direção a Deus. Não há razão contextual para crer que o escritor de Hebreus tinha outra visão de arrependimento no verso 6. Certamente, se o autor estivesse subitamente descrevendo algo diferente do verdadeiro arrependimento, esperaríamos que ele desse alguma indicação disto a seus leitores. Esperaríamos especialmente algum qualificador desde que os termos descritivos usados nos versos 4-6 deveriam mais provavelmente ser entendidos por sua audiência com descrevendo verdadeiros crentes, e bem mais que isto já que estes termos diretamente seguem uma abordagem a genuínos, ainda que imaturos, crentes nos versos 1 e 2. Afirmar que a metáfora do campo removeria qualquer ambiguidade é empregar uma hermenêutica nada confiável. O método apropriado deveria ser interpretar a metáfora do campo à luz da clara linguagem dos versos 4-6 e não da outra maneira, tal como Grudem fizera. Notamos um erro semelhante na interpretação calvinista de 2Pe 2:20-22 aqui.

Para encerrar nós citamos novamente as importantes percepções de F. Leroy Forlines sobre a significância de tais apóstatas serem ditos como recrucificarem Cristo para si mesmos:

Em 6:6 é dito que 'eles crucificaram para si mesmos o Filho de Deus novamente'. Vamos notar que esta é uma crucifixão em relacionamento, quer dizer, para si mesmos. Um exemplo de crucifixão em relacionamento é encontrado em Gálatas 6:14 aonde Paulo diz, 'pelo qual o mundo me é crucificado, e eu ao mundo'. Enquanto a realidade é considerada, tanto Paulo quanto o mundo estavam vivos e ativos. Mas enquanto o relacionamento é considerado, eles estavam mortos um para o outro. Não havia relacionamento algum entre eles. O relacionamento de Cristo para um não-salvo é de um Cristo morto; mas para o salvo, é de um Cristo vivo. Uma pessoa não pode crucificar para si mesma o filho de Deus novamente a não ser que ela estivesse em uma relação viva com Ele; portanto, tal coisa só pode ser cometida por uma pessoa salva. (The Quest for Truth, pg. 279)

Conclusão

Vimos até aqui que os termos descritivos usados em 6:4-5 só pode ser apropriadamente usado para verdadeiros crentes. Quaisquer dúvidas ou objeções a isto já foram suficientemente respondidas com um exame cuidadoso do verso 6. Apenas a verdadeiros crentes pode ser dito terem se arrependido de obras mortas, e apenas àqueles que caíram da fé genuína pode ser dito que recrucificaram o filho de Deus para si mesmos. Mencionamos que a metáfora do campo e a confidência expressa no verso 9 não negam as implicações dos versos 4-6 acerca da apostasia da fé genuína. Lidaremos mais com as objeções de Grudem acerca da metáfora do campo no nosso próximo post lidando com as advertências encontradas em Hebreus 10:26-39.


META
Título Original Perseverance Of The Saints Part 5: Hebrews 6:4-9
Autor kangaroodort
Link Original http://arminianperspectives.wordpress.com/2008/02/07/perseverance-of-the-saints-part-5-hebrews-64-9/
Link Arquivado http://archive.is/3SI71

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